As mudanças climáticas representam um dos desafios mais urgentes e complexos enfrentados pela humanidade no século XXI. O aumento das temperaturas globais, o derretimento das geleiras, a intensificação de eventos climáticos extremos e a elevação do nível do mar são sinais evidentes dos impactos que já estamos vivenciando. Para lidar com essa crise, a comunidade internacional se mobilizou, buscando a cooperação entre os países para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e limitar o aquecimento global. Nesse contexto, é essencial analisar a distribuição das emissões de carbono pelos países e os compromissos assumidos para combater as mudanças climáticas.
A distribuição das emissões de gases de efeito estufa varia significativamente entre os países, refletindo diferentes perfis econômicos, padrões de consumo e fontes de energia. Historicamente, os países desenvolvidos têm sido os maiores emissores de GEE, devido à industrialização precoce e ao consumo intensivo de combustíveis fósseis. No entanto, nas últimas décadas, economias emergentes, como China, Índia e Brasil, aumentaram suas emissões devido ao rápido crescimento industrial e ao aumento da demanda por energia.
De acordo com dados recentes, os principais emissores globais incluem a China, responsável por aproximadamente 28% das emissões globais, seguida pelos Estados Unidos, União Europeia, Índia e Rússia. Esses países respondem por uma parcela significativa das emissões totais, destacando a importância de suas ações no combate às mudanças climáticas.
No âmbito das negociações climáticas internacionais, como o Acordo de Paris, os países se comprometeram a reduzir suas emissões e limitar o aquecimento global a menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais, buscando esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C. Os compromissos nacionais (ou NDCs, na sigla em inglês) refletem as metas individuais de cada país para mitigar as emissões e adaptar-se aos impactos das mudanças climáticas.
Os compromissos assumidos pelos países variam em termos de ambição e abrangência. Alguns países estabeleceram metas específicas de redução de emissões, adotando políticas de energia limpa, eficiência energética, reflorestamento e desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono. Outros compromissos incluem ações para aumentar a resiliência aos impactos climáticos, como investimentos em infraestrutura sustentável e adaptação agrícola.
No entanto, muitos especialistas alertam que os compromissos atuais não são suficientes para alcançar os objetivos do Acordo de Paris. É necessária uma ação mais robusta e coordenada, envolvendo todos os países e setores da sociedade, para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono e evitar consequências irreversíveis das mudanças climáticas.
Nesse contexto, a pressão pública e o papel da sociedade civil são fundamentais para cobrar dos líderes políticos e empresariais medidas concretas e ambiciosas para combater as mudanças climáticas. A transição para uma economia sustentável não é apenas uma questão ambiental, mas também uma oportunidade para promover o desenvolvimento inclusivo, a justiça social e a preservação dos recursos naturais para as gerações futuras.